A pausa na respiração é chamada de episódio de apneia. Quase todas as pessoas têm episódios de apneia quando dormem.
Sinônimos:
Síndrome da apneia obstrutiva do sono, SAOS, distúrbio respiratório do sono… Não importa muito o nome, mas é preocupante e é uma doença na qual ocorrem pausas na respiração durante o sono porque as vias aéreas estreitam, ficam bloqueadas ou frouxas.
Causas:
Todos os músculos do corpo ficam mais relaxados durante o sono. Isso inclui os músculos que ajudam a manter as vias respiratórias abertas e permitem o fluxo do ar para os pulmões.
Geralmente, a faringe permanece aberta o bastante para permitir a passagem do ar. Entretanto, em algumas pessoas, essa região da garganta é mais estreita. Quando os músculos da faringe relaxam durante o sono, a respiração pode ser interrompida por um período (geralmente mais de 10 segundos). Isso é chamado de apneia.
O ronco em pessoas com apneia obstrutiva do sono é causado pelo ar que tenta passar pela via aérea estreitada ou bloqueada. No entanto, nem todas as pessoas que roncam têm apneia do sono. Outros fatores podem aumentar o risco:
- Determinados formatos de palato ou via aérea podem fazer com que a via aérea seja mais estreita ou se feche mais facilmente
- Amígdalas e adenoides grandes em crianças que possam bloquear a via aérea
- Pescoço ou clavícula largos (43 cm ou mais nos homens e 40 cm ou mais nas mulheres)
- Língua grande que pode enrolar e bloquear a via aérea
- Dormir de bruços também aumenta os episódios de apneia do sono.
Exames:
O médico realizará um exame físico e um histórico médico completos, que envolverá examinar cuidadosamente sua boca, pescoço e garganta. Talvez você precise responder um questionário sobre a sua sonolência diurna, qualidade do sono e hábitos noturnos.
Um estudo do sono (polissonografia) é usado para confirmar a apneia obstrutiva do sono.
Outros exames que podem ser realizados incluem:
- Gasometria arterial
- Eletrocardiograma (ECG)
- Ecocardiograma
- Estudos de função da tireoide
Sintomas de Apneia do sono:
Normalmente, uma pessoa com apneia obstrutiva do sono não sabe que tem episódios de apneia durante a noite. Geralmente, seus familiares presenciam os períodos de apneia.
Um paciente com apneia obstrutiva do sono normalmente começa a roncar profundamente logo após adormecer. Muitas vezes, o ronco fica mais alto. Em seguida, é interrompido por um longo período de silêncio durante o qual não há respiração. Essa oclusão é seguida por um urro alto e um suspiro à medida que a pessoa tenta respirar. Esse padrão se repete.
Muitas pessoas acordam cansadas de manhã e se sentem com sono ou lentas ao longo do dia. Isso é chamado de sonolência excessiva durante o dia (EDS).
Pessoas com apneia do sono podem:
- Ficar nervosas, impacientes ou irritadas
- Ter esquecimentos
- Adormecer enquanto trabalham, lêem ou assistem TV
- Sentir sonolência ao volante ou até adormecer
- Ter dores de cabeça difíceis de cuidar
Problemas que podem ocorrer com essa doença:
- Depressão que se agrava
- Comportamento hiperativo, principalmente em crianças
- Inchaço nas pernas (se o caso for grave)
Buscando ajuda médica se:
- Você apresentar sonolência excessiva diurna
- Você ou sua família notarem sintomas de apneia obstrutiva do sono
- Você tiver a doença e os sintomas não melhorarem com o tratamento ou novos sintomas aparecerem
Procure ajuda médica imediata ou ligue para o número de emergência local se você apresentar algum dos seguintes sinais de emergência médica:
- Perda de consciência
- Sonolência extrema
- Alucinações
- Mudanças de personalidade
- Confusão persistente
Tratamento de Apneia do sono:
O objetivo é manter as vias respiratórias abertas para que a respiração não seja interrompida durante o sono.
As seguintes mudanças no estilo de vida podem aliviar os sintomas da apneia do sono em algumas pessoas:
- Evitar a ingestão de álcool e sedativos antes de dormir
- Evitar dormir de barriga para cima
- Perder peso
Atualmente, o CPAP (máscara para pressão positiva contínua na via aérea) é considerado o tratamento padrão para a apneia obstrutiva do sono na maioria das pessoas. O CPAP é aplicado por uma máquina com uma máscara facial apertada.
Muitos pacientes não toleram o tratamento com CPAP. Um bom apoio e acompanhamento de um centro de estudos do sono pode, normalmente, ajudar a superar qualquer problema com a utilização do CPAP. Para obter mais informações sobre esse sugestão, consulte: CPAP.
Talvez alguns pacientes precisem usar aparelhos odontológicos na boca durante a noite para manter a mandíbula posicionada mais para frente.
As cirurgias costumam ser a melhor opção em alguns casos. Isso pode envolver:
- Uvulopalatofaringoplastia (UPFP): para remover o excesso de tecido na parte posterior da garganta (não há comprovação de que isso funciona bem)
- Cirurgias mais invasivas: para corrigir estruturas anormais da face nos raros casos em que o paciente apresenta apneia do sono grave ou em que o tratamento não tiver ajudado.
- Traqueostomia: para criar uma abertura na traqueia e contornar as vias respiratórias bloqueadas caso existam problemas físicos (raramente realizada).
- Cirurgias no nariz ou na cavidade óssea.
- A cirurgia para remoção de amígdalas e adenóides pode curar a doença em crianças, mas ela parece não ser eficaz na maioria dos adultos.
Expectativas:
Com tratamento, os sintomas da apneia do sono devem ser completamente corrigidos.
Complicações possíveis:
Em razão da sonolência diurna, as pessoas com apneia do sono apresentam um risco maior de:
- Acidentes de automóvel por dirigir com sono
- Acidentes de trabalho por adormecer no serviço
A apneia obstrutiva do sono não cuidada pode conduzir a (ou piorar) uma doença cardiovascular, como:
- Arritmias cardíacas.
- Insuficiência cardíaca.
- Pressão alta.
- Disfunção sexual.
- Derrame
Prevenção:
As crianças com amídalas e adenóides muito grandes podem desenvolver a apneia do sono ou outros problemas relacionados. Elas devem ser examinadas por um médico para determinar se outros exames são necessários.
Atenção: Qualquer produto citado neste post não é um medicamento e não substitui o tratamento médico. Terapias citadas neste post não substituem a visita ao seu médico regularmente.